E aí, está preparado para o futuro?

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2 anos atrás

Você é daqueles que olha para a função do síndico com preconceito e desconfiança? É daqueles que fica imaginando que a vida do síndico é um inferno na terra e não consegue compreender como que alguém, em sã consciência, pode dedicar horas do seu tempo a resolver problemas e a mediar conflitos?

Pior ainda, você é síndico, mas não consegue enxergar suas atividades como desafiadoras, importantes e conectadas com o futuro?

Deixa eu te falar uma coisa, poucas ocupações foram tão chacoalhadas pelo avanço da tecnologia quanto a gestão condominial.

Esse mundo sofreu, nos últimos 20 anos, enormes mudanças, tanto na sua forma quanto na sua função social.

O número de integrantes por família diminuiu, a violência nos grandes centros aumentou, a quantidade de gente morando nas cidades passou, e muito, da quantidade de gente que mora no campo e com isso o desenho das cidades se modificou e novos hábitos e necessidades surgiram, alterando também o mercado imobiliário.

Antigos condomínios de 8 ou 10 andares, sem áreas de lazer e contando apenas com um ou dois andares de garagem e torres de elevadores estão sendo substituídos por grandes complexos de segurança e de lazer, onde é comum encontrarmos 500 ou mais famílias num mesmo empreendimento. Além disso, a nova tendência é a criação de ambientes mistos, onde o comercial e o residencial conviverão em harmonia (ok, harmonia é força de expressão quando falamos em condomínios JJJ).

Para dar conta da administração das equipes de portaria, limpeza, jardinagem, segurança, recreação; das reservas das áreas de lazer; do financeiro; dos visitantes; das manutenções periódicas; do trânsito de veículos; da sustentabilidade; das feiras e mercadinhos internos; das assembleias e da comunicação com os condôminos, os síndicos têm que se manter atualizados e antenados com as novidades de mercado oferecidas ou pelas administradoras, ou por aplicativos criados exclusivamente para esse universo.

Vimos, durante a pandemia, quanto que avançamos no uso dessas ferramentas e quanto que elas se mostraram essenciais para a boa gestão. Não irão embora, serão aperfeiçoadas até que seja de fato impossível cuidar de residenciais sem eles.

E começamos a vislumbrar mais uma revolução na gestão. Enquanto alguns síndicos ainda discutem se trocarão funcionários orgânicos pela portaria remota ou por câmeras de monitoramento, vários condomínios estão optando por trabalhar com drones para as rondas internas e externas, além da sua utilização nas vistorias do telhado, caixa d´água e fachadas. Também estamos vendo alguns robôs sendo programados para fazer a higiene de banheiros e vestiários.

Internet drones solution

Não demorará muito e aquele robozinho, com jeito de cachorrinho, que vimos circulando nas ruas chinesas durante a pandemia, será realidade dentro dos condomínios. Não leve para o lado ruim da coisa, não estou falando de governos e de opressão, mas de novas possibilidades de inspeções e ampliação da segurança oferecida dentro dos residenciais.

E você, vai continuar achando que o mercado condominial é sem graça e ultrapassado?

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Laert Henriques
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