Pensar em ser síndico remete a um princípio primordial que é o estabelecimento de conexões entendidas aqui como ligações, uniões, vínculos, parcerias com os condôminos e moradores, não só através dos Conselhos Consultivo e Fiscal, mas também, com todos que residem no condomínio.
É importante estabelecer esta conexão direta não só com os condôminos, porque há sempre um percentual de moradores que é rotativo, com tempo de permanência naquele domicílio por 02 a 03 anos, que não possui um envolvimento com o patrimônio, mas possui expectativas e, independente se proprietários ou inquilinos, quando não bem informados, tornam-se inquietos podendo gerar respostas nem sempre dentro de padrões de convivência estabelecidos no regulamento, muito menos de boa vizinhança.
Prestadores de serviço que hoje tem como missão oferecer todo o suporte para a administração do condomínio, tanto financeiro, quanto contábil, pensando na esfera de impostos, contas, orçamentos, taxas, prazos, legislação, administração de conflitos, entre tantos outros desafios.
Isto sem falar nas empresas de mão de obra terceirizada e de portaria remota, outras duas conexões imprescindíveis nos dias atuais.
E porque estas conexões tornaram-se tão importantes?
Uma análise sobre o cenário econômico nos últimos tempos é importante para entendermos esta mudança no contexto, quando até então a equipe de trabalho do condomínio, na sua totalidade, era composta por profissionais de limpeza, segurança, portaria, zeladoria, alguns residindo, e folguistas. Com o passar do tempo a sindicalização da categoria, legislação, processos trabalhistas por um lado e por outro a inovação tecnológica deu início a adoção de substituição por terceirizados no condomínio e, na sequência, as tão mencionadas portarias remotas, que trazem como contribuição um aumento de segurança e redução financeira.
E se a intenção for intensificar o mergulho e pensar em conexões ou parceria não só como vínculo ou ligação e sim como conexões ou parceria estratégicas entendidas aqui como negócios que possuam alguma atividade complementar à sua ou da qual você também dependa, é possível destacar no cenário atual com a adoção cada vez mais acelerada de portarias remotas os seguintes parceiros estratégicos: síndico orgânico (residente no condomínio) ou profissional, alguns moradores voluntários, administradora e empresa de mão de obra terceirizada.
Estes cinco agentes precisarão estar muito bem conectados para que a implantação das portarias remotas se efetive sem turbulências para o condomínio ou riscos às atribuições do síndico.
A afirmação se fundamenta porque na adoção do modelo da portaria remota onde há um funcionário, normalmente auxiliar de serviços gerais, que atende ao condomínio no horário comercial de segunda à sexta e aos sábados das 08 às 12 horas, poderão surgir demandas que até então quando havia portaria presencial ocupada por zeladoria, porteiro ou folguista, este seria o profissional que iria agilizá-la.
Uma das demandas para exemplificar é a falta d’água, caso haja uma interrupção de água no domingo pela manhã, quais ações serão tomadas? Quem as tomará? Como a portaria remota será informada? Supondo que o condomínio tenha optado por sindicatura profissional e portaria remota.
Haveram outras demandas a pensar? Certamente sim.
E se a gestão estiver afinada dentro do pressuposto de uma parceria estratégica com um protocolo claramente definido com responsabilidades de cada um dos agentes e também a adoção de alguns alertas automatizados, todos os espaços vazios gerados pela saída da equipe de trabalho estarão devidamente sob controle e sem perda de qualidade para o condomínio.